Interferência. Se não bastasse a imoralidade (que também é crime) e a acusação feita contra o vereador Jorge Ferreira, do PMN, de assediar sexualmente pelo menos três servidoras e exigir a devolução de parte do salário de assessores parlamentares (inclusive uma das assediadas), agora o que se vê é a interferência do partido do edil na tentativa de abafar as denúncias. Para se ter noção da dimensão do caso, o presidente do partido foi o responsável pela demissão da chefe de gabinete com o argumento de que ela foi “incompetente” por não “abafar” as denúncias.
Interferência II. É obvio que estão colocando os interesses partidários na frente da conduta do vereador. E por uma razão simples. Pertencem à base aliada do prefeito e foram contemplados por cargos com gorda remuneração. Uma prova disso foi a postura adotada pelo advogado da legenda e que também defende o vereador, nomeado na Secretaria de Governo.
Lamento. Infelizmente, este é o jogo político no Brasil. Uma vergonha para os demais políticos que usam de seus mandatos para efetivamente trabalharem em favor da população. Agora, é aguardar o desfecho de tanta sujeira, já presente em uma legislatura que tomou posse há pouco mais de cinquenta dias. Eu, como mulher, fico indignada de ver vereadores tentando desviar o foco da grave situação e pedindo às vítimas para desistirem de formalizar as denúncias. Nossos direitos são conquistados com tanto sacrifício para quê? A impunidade é outra imoralidade e um desrespeito com a própria ética parlamentar.
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