sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

De tudo um pouco - Gloria Perez: Caminho das Indias: bastidores

De tudo um pouco - Gloria Perez: Caminho das Indias: bastidores

sábado, 20 de dezembro de 2008

"FALANDO SÉRIO" de WELLINGTON C. RAMOS do JM comenta sobre a cana.

Cana. O procedimento aberto há dois meses pelo promotor Carlos Valera, para apurar denúncia de ambientalista sobre a queima e o plantio de cana em Uberaba, pode estar prejudicado pela recente aprovação de alteração na legislação que rege a matéria.
Ontem, o curador do Meio Ambiente revelou que examinará detalhadamente a nova lei.

Vai além. Preliminarmente, Valera suspeita que ela seja inconstitucional e, se chegar definitivamente a essa conclusão, passará o caso para a Procuradoria-Geral de Justiça, a quem competirá eventual questionamento.


http://www.jmonline.com.br/novo/?colunas,20,FALANDO+S%C9RIO

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

PREFEITO E CÂMARA LEGALIZAM INVASÃO DA CANA NA ÁREA URBANA


NA ÚLTIMA SESSÃO DA CÂMARA, PREFEITO E PRESIDENTE DA CMU IGNORAM DESPACHO MINISTERIAL DO PROMOTOR DE MEIO AMBIENTE CARLOS VALERA E REVOGAM DISPOSITIVOS DA LEI QUE PROIBIA A CANA-DE-AÇÚCAR NO PERÍMETRO URBANO.

Despacho Ministerial do Promotor de Defesa do Meio Ambiente, Carlos Valera, de 06 de novembro de 2008, protocolado na Prefeitura e Câmara Municipal de Uberaba no dia 11 do mês citado, foi simplesmente engavetado, omitido dos vereadores e da população, quando em votação a revogação de dispositivos constantes na representação de iniciativa popular com aproximadamente 500 assinaturas.

O Projeto de Lei do Prefeito foi protocolado na Câmara às 11h57min do dia 15 de dezembro de 2008 para ser votado no dia seguinte. Depoimentos dos próprios vereadores dão conta de que sequer tiveram tempo para analisar tal projeto, colocado em meio a outros mais de 30 para serem votados em um único dia.

Tal matéria, tão polêmica, foi encaminhada ao Ministério Público justamente pela truculência, autoritarismo e cerceamento com que foi tratada nas audiências públicas realizadas tanto pelo executivo quanto pelo legislativo.

Todas as propostas contrárias à implantação da cana-de-açúcar ou plebiscitos para análise dos pontos positivos e negativos foram ignorados.

Mediante atos antidemocráticos, nós da comunidade iniciamos uma série de debates em Universidades sobre o assunto, motivando um abaixo assinado e a elaboração do documento que originou a Ação Civil Pública do Ministério Público, já citado.

O requerimento de EIA-RIMA (Estudos de Impacto Ambiental e Relatório de Impactos ao Meio Ambiente) para esses empreendimentos até hoje não foram apresentados à população.
Diversos municípios brasileiros foram contrários à implantação de usinas em seus territórios. Como cidadãos uberabenses gostaríamos de ter o direito de debater e conhecer os prós e contras dessa atividade, seus impactos ambientais e sociais, para conscientemente optarmos ou não por essa cultura.

O Código Civil Brasileiro diz que toda propriedade deve cumprir com sua função social, onde os interesses da população e do meio ambiente devem ser considerados prioritariamente, ou seja, ninguém pode simplesmente fazer o que bem entende com sua propriedade, passando por cima dos interesses da comunidade e do meio ambiente.

Queremos também denunciar o cerceamento que parte da imprensa vem sofrendo, ferindo o direito da liberdade de expressão, quando esta se posiciona contrária, ou mesmo simplesmente questiona a cana-de-açúcar em nosso município.

O Despacho Ministerial encontra-se abaixo, no blog.

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

MOVIMENTO DE COMBATE À CORRUPÇÃO ELEITORAL - Coleta de assinaturas continua

"Encerramos a 4ª Mobilização pela coleta de assinaturas para o Projeto de Lei contra a candidatura de políticos em débito com a Justiça no Dia Mundial de Combate à Corrupção, 9/12. Essa foi a última Mobilização realizada em 2008, mas a Campanha Ficha Limpa continua coletando assinaturas e debatendo a temática do Projeto de Lei com a sociedade até atingir a meta de 1,3 milhão. Em novembro, comemoramos 500 mil assinaturas coletadas. O objetivo agora é alcançarmos o total necessário ainda no primeiro semestre de 2009. Contamos com o apoio de todos!"(MCCE) www.lei9840.org.br

Aqui em Uberaba estaremos coletando assinaturas em vários locais. Participe e entre nessa luta conosco. Colete assinaturas em sua escola, no seu trabalho, com seus amigos, na sua casa.
"Um novo modelo de formulário, no qual consta espaço para registrar a data de nascimento, já está disponível no site".

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

CRISE MUNDIAL: NOVOS PARADIGMAS

Há pouco tempo a onda era privatizar, privatizar, mesmo que entregando de graça o patrimônio público. No governo Fernando Henrique não foi diferente, seguindo a contingência mundial de entreguismo ao capital. Não precisava ser economista nem Nostradamus para prever uma reação a tantos desatinos que essa política neoliberal trouxe. Agora quem está socorrendo a economia mundial, grandes empresas e impérios é quem mesmo? O Estado, ou seja, o povo. Dinheiro nosso sustentando o emprego de nossos patrões e nos mantendo como seus submissos. Não é o governo necessariamente que agora detém grande parte das ações desses conglomerados, somos nós, povo, quem deveríamos exigir o direito a parte dessas ações também, sindicatos, ongs, e por aí vai.
Defendem o capitalismo, abominam o socialismo mas usam métodos socialistas para curar uma crise capitalista. Quem sabe novos paradigmas não se iniciarão a partir de agora. Como já dizia Buda: "Se apertar muito a corda ela se arrebentará e se deixar muito frouxa nenhum som produzirá". O equilíbrio entre capitalismo e socialismo é o remédio mais à mão. Obviamente filtar o que cada um tem de positivo e pensar uma sociedade mais humana e menos desigual.

RESERVA RAPOSA SERRA DO SOL


A demarcação em faixa contínua da reserva Raposa Serra do Sol, em Roraima, foi pensada pelo governo Fernando Henrique Cardoso e homologada por Luiz Inácio Lula da Silva. A demarcação em ilhas, que permitiria a fixação do homem branco no local, interessa a um grupo de seis grandes rizicultores - ou "arrozeiros" - que ocuparam nos últimos anos parte do território pertencente à União. Para a antropóloga Manuela Carneiro da Cunha, professora titular da Universidade de Chicago, os arrozeiros criaram uma situação de fato para melar um processo concluído após décadas de negociação. E promovem "um clima de desrespeito ao Estado de Direito". Ex aluna de Claude Lévi-Strauss, a antropóloga considera que "demarcar em ilhas tem duas conseqüências: a destruição de uma etnia ou a perpetuação de um conflito". E evoca, como exemplos antagônicos, a demarcação contínua do Parque Nacional do Xingu - "uma ilha de floresta dentro de um oceano de soja" - e a descontínua, oferecida aos xavantes, do Alto Rio Negro, e aos guaranis-caiouás, de Mato Grosso do Sul: que resultou em degradação, mortalidade infantil e suicídios entre os índios.
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Carlos Ayres Britto votou pela improcedência da ação contra a demarcação da Raposa Serra do Sol- a favor dos índios e contra os arrozeiros. Ele é o relator da ação que pedia a demarcação descontínua da reserva, ou seja, em ilhas. Ele disse que os não-índios devem deixar a região.

Fonte: Jornal "O Estado de São Paulo"

http://blog.estadao.com.br/blog/temporeal/?catsel[]=668

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

LUCÍLIA: VIVER MAS UM SONHO IMPOSSÍVEL


Conhecer e conviver com Dona Lucília é um privilégio raríssimo. Em tempos onde a ideologia foi subsitituida pela ilusão do poder, o nome e a vida de Lucília é quase um sonho utópico. Sua alma tenaz que não se curva, vai além dos nomes de quaisquer doutrinas, partidos, bandeiras. Seu tempo é o futuro. Sua história é a posteridade. Seus filhos estão além das gerações que possamos vislumbrar. Num mundo consumista e capitalista, Lucília é o exemplo da simplicidade e do despojamento. Lucília é o ser, imprescindivelmente antes, muito antes do ter. E ao ter renuncia e compartilha. É exemplo de ser humano, além dos dogmas religiosos ou partidários. Einstein dizia, sobre Mahatma Gandhi, que as gerações futuras duvidariam que um ser assim tivesse existido. Afirmo o mesmo para Dona Lucília. Ela é a prova viva de que a ideologia pode sobreviver ao ego e a utopia sobreviver à realidade. Sonhar, mas um sonho impossível? Viver mas um sonho impossível!!!
Lucília... Luz rara em um mundo de visão turva.

Mais informações no link:
http://luciliarosavermelha.blogspot.com/2008/05/lucilia-uma-comunista-nata-e-de_29.html

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

A CRISE NO MUNDO DE QUÊ? Texto de Neto, diretor e sócio da Bullet

"Vou fazer um slideshow para você.Está preparado? É comum, você já viu essas imagens antes.Quem sabe até já se acostumou com elas.Começa com aquelas crianças famintas da África.Aquelas com os ossos visíveis por baixo da pele.Aquelas com moscas nos olhos.Os slides se sucedem.Êxodos de populações inteiras.Gente faminta. Gente pobre.Gente sem futuro.Durante décadas, vimos essas imagens.No Discovery Channel, na National Geographic, nos concursos de foto.Algumas viraram até objetos de arte, em livros de fotógrafos renomados.São imagens de miséria que comovem.São imagens que criam plataformas de governo.Criam ONGs.Criam entidades.Criam movimentos sociais.A miséria pelo mundo, seja em Uganda ou no Ceará, na Índia ou em Bogotá, sensibiliza.Ano após ano, discutiu-se o que fazer.Anos de pressão para sensibilizar uma infinidade de líderes que se sucederam nas nações mais poderosas do planeta.Dizem que 40 bilhões de dólares seriam necessários para resolver o problema da fome no mundo.Resolver, capicce?Extinguir.Não haveria mais nenhum menininho terrivelmente magro e sem futuro, em nenhum canto do planeta.Não sei como calcularam este número.Mas digamos que esteja subestimado.Digamos que seja o dobro.Ou o triplo.Com 120 bilhões o mundo seria um lugar mais justo.Não houve passeata, discurso político ou filosófico ou foto que sensibilizasse.Não houve documentário, ong, lobby ou pressão que resolvesse.Mas em uma semana, os mesmos líderes, as mesmas potências, tiraram da cartola 2.2 trilhões de dólares (700 bi nos EUA, 1.5 tri na Europa) para salvar da fome quem já estava de barriga cheia."

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

TEU NA TRIBUNA LIVRE DA CÂMARA MUNICIPAL DE UBERABA




Através da Vereadora Marilda, o TEU se fez representar na TRIBUNA LIVRE da CÂMARA MUNICIPAL DE UBERABA pelo Diretor de Eventos da ONG Carlos Perez.Um breve histórico do TEU foi apresentado, juntamente com documentos e propostas.Os vereadores ficaram muito sensibilizados e dispostos a defenderem o TEU.A vereadora Marilda fez a abertura, seguida do Presidente Lourival. O vereador Cléber, representante do governo na CMU se mostrou muito preocupado e sensibilizado, admitindo que um equívoco deve ter ocorrido quanto ao projeto de tornar o TEU um patrimônio da PMU. Como representante do TEU propus a criação de uma comissão mista entre CMU e TEU, idealizada por Beethoven, atual presidente da ONG. Aldo Roberto (Salsichachau), Diretor de Teatro da ONG esteve presente, além do músico e compositor Sérgio Ramos, Mário (membro da executiva do PT), agentes culturais e pessoas da comunidade.A Imprensa (TV Globo, Jornal da Manhã e Jornal de Uberaba) prestigiou o evento dando total apoio às nossas solicitações.Os vereadores Itamar e Massuó também prestaram homenagens ao TEU, com palavras de esperança e confiança de que uma parceria efetiva entre PMU, TEU e CMU, se realizará.O vereador Tony Carlos mostrou-se solidário e pronto para atender as solicitações do TEU, neste e no próximo mandato. Os vereadores Bolão e Afrânio também estiveram presentes, compondo a mesa diretora, e os vereadores Durval e Valdir Barbosa também prestigiaram o evento. Entre as propostas está a retomada da gestão conjunta entre TEU e PMU, dotação orçamentária para o TEU, criação do Grupo de Teatro do TEU semi-profissional, Orquestra Jovem, Grupo de Dança, Oficinas artísticas profissionalizantes em parceria com a Câmara e Prefeitura, reativação do CAMARARTE (Projeto da Câmara de Incentivo à Cultura), entre outros. Finalizando, a avaliação da TRIBUNA LIVRE foi altamente positiva de ambas as partes. O TEU agradece imensamente aos vereadores a atenção e respeito que tiveram à ONG e aos artistas uberabenses, fazendo votos de que na próxima gestão TEU, PMU E CMU façam uma parceria exemplar que fique na história de Uberaba. O TEU NÃO É MEU, NÃO É SEU, É NOSSO!

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

PROMOTOR DESPACHA NOSSA REPRESENTAÇÃO SOBRE A CANA

O Ministério Público do Estado de Minas Gerais através da Promotoria de Defesa do Meio Ambiente, por intermédio do Promotor Carlos Valera, enviou-nos um “DESPACHO MINISTERIAL” com o seguinte teor:

Procedimentos preparatórios 054/2008, 089/2007 e representação subscrita pelo senhor Carlos Marcos Perez Andrade
DESPACHO MINISTERIAL

Com vista em 06 de novembro de 2008. Determinei a conclusão dos procedimentos e do expediente acima mencionados, pois todos se dizem respeito ao mesmo fato, qual seja, a expansão do plantio da cana-de-açúcar e o cumprimento, em especial, da Lei Complementar Municipal 359, de 04 de dezembro de 2006, Lei Orgânica e, ainda, da Lei Municipal 9.206, de 17 de agosto de 2004.

Após a análise do material e visando otimizar as investigações e diligências, determino:

I- apensem-se os procedimentos 054/2008 e 089/2007 e junte-se a representação, a qual está instruída com um CD ROM, convertendo-se em inquérito civil;
II- requisite-se do senhor Prefeito Municipal de Uberaba, cópia da Lei Municipal que defina: a) o perímetro urbano do município de Uberaba, b/ zona rural, c) distritos industriais e d) áreas de expansão urbana, juntando, inclusive, os mapas e levantamentos que constem no arquivo da municipalidade, fixando-se o prazo de até 30 (trinta) dias para o cumprimento da requisição;
III- requisitem-se das Usinas Caeté, Coruripe e Uberaba informações detalhadas de todas as áreas que estão explorando, de forma direta, ou através de arrendamento ou parceria e qual título, inclusive, com detalhamento cartográfico e demais dados que permitam a fiel localização, consignando o prazo de até 30 (trinta) dias para o cumprimento da requisição;
IV- requisite-se do senhor Secretário Municipal do Meio Ambiente informações sobre qual ou quais medidas estão sendo adotadas para o fiel cumprimento da legislação alhures citada, consignando-se o prazo de até 15 (quinze) dias para o cumprimento da requisição;
V- requisite-se do IEF, na pessoa de seu Supervisor Regional, lotado em Uberlândia, cópia do levantamento florestal do município de Uberaba;

Dê-se ciência do presente aos representes, quais sejam, Senhor Presidente da Câmara Municipal de Uberaba e senhor Carlos Marcos Perez Andrade.

Agende-se.

Cumpra-se, tudo com prioridade

Uberaba, 06 de novembro de 2008

Carlos Alberto Valera
1º Promotor de Justiça

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

CONGRESSO NACIONAL: CRITÉRIOS PARA O PLANTIO DA CANA

Tramita em caráter conclusivo a redução de áreas destinadas ao plantio da cana-de-açúcar no zoneamento ecológico. O Projeto de Lei 3680/2008 tem o objetivo de estabelecer critérios para o gerenciamento do cultivo da cana-de-açúcar de modo a evitar que a plantação prejudique o abastecimento de produtos alimentares.O projeto propõe que o zoneamento agroecológico seja feito pelo poder público obedecendo alguns critérios como as variáveis ambientais, topográficas, climáticas e hídricas da região. Caso o solo utilizado para plantio da cana-de-açúcar esteja fora da área recomendada pelo zoneamento, a terra poderá ser desapropriada por interesse social para fins de reforma agrária.Outro ponto do projeto é que nenhuma modalidade de crédito, financiamento ou incentivo fiscal será concedida a quem plantar ou adquirir a cana-de-açúcar cultivada fora de zoneamento agroecológico.O Projeto de Lei será analisado pelas comissões de Minas Energia; Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural; de Finanças e Tributação; e Constituição e Justiça e Cidadania - e não precisa ser votado no Plenário.


"O imóvel rural que, estando fora do zoneamento agroecológico da cana-de-açúcar, for utilizado para o cultivo canavieiro, não estará cumprindo sua função social, pressuposto básico da propriedade a que se refere o inciso XXIII do caput do art. 5º da Constituição Federal, sendo passível, desta forma, de ser desapropriado por interesse social, para fins de reforma agrária, nos termos do art. 184 da Constituição Federal." (parte do Projeto de Lei)


FONTE: Diário da Franca

sábado, 30 de agosto de 2008

RESERVA LEGAL - Conquista do MP

Graças a Deus e ao Ministério Público Estadual, a partir de agora está proibido averbar área de reserva legal fora da região explorada. Muitos empreendimentos, entre eles da cana-de-açúcar, vinham averbando áreas de reserva legal em outras regiões do nosso município e diminuindo consideravelmente nossa área de preservação. Mas agora isso não mais será possível, graças a uma ação do MP que conseguiu anular esse absurdo praticado em nosso município e no estado. Uma notícia dessas deveria estar em outdoor e nos jornais em letras garrafais. Mas vamos comemorar, divulgando aos amigos essa grande conquista para Uberaba, Minas e todo o planeta.

DICIONÁRIO DE MEIO AMBIENTE de Adriana Tavares

Tive a honra de participar do evento de lançamento do "Dicionário de Meio Ambiente" organizado pela jornalista Adriana Tavares, na Sala Cecília Palmério, no dia 29 de agosto. Com capa de Bruno Vaz, colaboração e revisão de Mara Santina Maciel Oliveira, Renato Muniz Barretto de Carvalho, Paulo César Franco, Luiz Cláudio Santos Duarte e Tânia Cristina Figaro Ulhôa e pesquisa de Adriana Tavares, essa obra é indispensável ao cidadão do terceiro milênio.
Parabéns à Uniube pelo apoio e a todos os empresários que apoiaram esta brilhante iniciativa, possivelmente inédita no Brasil. Faço votos que nossos representantes no executivo e legislativo possam adotá-lo na rede pública municipal e ampliá-lo para o estado e união. Obrigado Adriana pelo convite em ser seu parceiro. Que São Francisco, protetor dos animais e do meio ambiente, a proteja e inspire sempre.

O PRIMEIRO LIVRO - Renato Muniz Barretto de Carvalho

O primeiro livro a gente nunca esquece. Eu não sou o primeiro a escrever e a pensar nesta frase, mas a curiosidade é grande: qual foi o primeiro livro que você leu? Quando? Gostou? Guardou? Deve ter sido um livro ilustrado, colorido, uma aventura, um romance, uma história interessante, não foi? Os sabores da infância são mais doces, mais gostosos, as lembranças são mais agradáveis. Não são? Para a maioria, as primeiras leituras, o primeiro livro lido, costuma acontecer durante o processo de alfabetização, para alguns bem mais tarde. Para muitos tem um significado especial, para outros passa desapercebido.
Foi presente de alguém ou foi tarefa da escola? Se foi tarefa da escola, "para casa", você já deve ter esquecido. Perdeu-se com o passar do tempo. Não foi obrigação, foi presente da sua mãe? Geralmente é assim, e ela leu pra você, entregou nas suas mãos, e ajudou a passar as páginas, não foi? E foram muitas leituras, repetidas vezes. E depois de um certo tempo você até já tinha decorado a história, corrigia sua mãe quando ela pulava uma frase. Leu tanto que acabou rasgando algumas páginas, a capa se soltou. Até que o velho livro ficou esquecido num canto. E então, guardou ou jogou fora?
Depois vieram outros livros. Vieram os clássicos, aqueles que todo mundo comenta, que todo mundo diz que leu e dizem que devem ser lidos. Leu Os três mosqueteiros? O gato de botas? Aladim e a lâmpada maravilhosa? Chapeuzinho Vermelho? Leu Tarzan? Leu Reinações de Narizinho? Dom Quixote?
Ah! A idade de ouro, ler sem compromisso, de pernas para o ar, de cabeça para baixo, de dia, de noite, de tarde. Varar as madrugadas. Leu no banheiro? Brigaram com você porque não se sentou à mesa do jantar na hora certa? É claro, mas terminar o capítulo era mais importante. Deixou o telefone tocar até desligarem? Não deu água para o cachorro? Que maldade! Mas descobrir o mistério do ídolo roubado era mais urgente.
Dormiu às quatro da manhã? Desligou o despertador sem perceber e perdeu a aula de educação física? Valeu a pena! Eu sei, eu te compreendo bem.
Leu livros proibidos? Leu escondido? Conheceu tanta coisa que não imaginava que existisse, não foi? Descobriu países distantes, pessoas diferentes, animais estranhos, apaixonou-se? Sem dúvida! Acontece, fique tranqüilo, eu também. Sentia vontade de abraçá-la, de fugir com ela, de viverem juntos uma incrível aventura? Que saudades dos primeiros livros!
Leu mais durante as aulas ou nas férias? Nas férias, é claro! Porque escolheu o que quis ler. Leu sem hora para começar ou terminar. Leu por prazer. E como foi bom ler nos dias chuvosos de verão! A chuva escorrendo pelo telhado e a leitura fluindo, encharcando a cabeça de idéias, inundando o coração de esperança e boas expectativas.
Conversou sobre suas leituras com alguém? Indicou, presenteou, entusiasmou-se? Copiou trechos, decorou frases, imitou personagens, foi co-autor, crítico literário, agente cinematográfico, herói, caçador, aventureiro, amante... Quantas fantasias! Quantos lugares novos! Viajou muito? Recorda-se de tudo o que leu? Já leu tudo o que queria? Não, nem de longe. Tem muito caminho ainda, muito chão para andar, muitas linhas a percorrer. Qual foi mesmo o primeiro livro que você leu?

quinta-feira, 21 de agosto de 2008

O DIA SEM DIA - Renato Muniz B. de Carvalho

Como tem data comemorativa no mundo! Calendários para todos os gostos. Efemérides, para usar uma palavra chique, adequadas a qualquer necessidade ou tendência, para não deixar ninguém de fora. São tantas as datas comemorativas que professores, políticos, estudantes, principalmente comerciantes, não ficam sem as suas, sem seus dias para inserir na folhinha, para aumentar ou baixar preços, para fazer uma liquidação ou promoção, para anotar na agenda, para levar os alunos para o pátio e hastear uma bandeira, para ditar um tema de redação ou registrar no diário. É tanto dia disso, dia daquilo e dia sem isso ou aquilo que achei melhor propor o dia sem dia. Isso mesmo: um dia sem dia, sem nada a comemorar. Um dia sem nada para venerar, sem pensar no passado, sem reverenciar os grandes feitos de heróis, geralmente uns caras que morreram muito cedo ou que mataram um monte de gente. Um dia para pensar no futuro que, como não aconteceu ainda, não precisa exaltar ninguém, não precisa se comprometer com nada. Isso significa não excluir nenhuma pessoa, ou etnia, ou escolha política e sexual, porque o futuro será uma incógnita, será moldado de acordo com as possibilidades, de acordo com nossos desejos e nossas capacidades.Um dia sem dia será o melhor dia. Será um dia normal, um dia para dormir até mais tarde, sem hora para acordar, sem compromissos, sem parada, sem fanfarra, sem alvorada estridente, sem agenda. Será apenas mais um dia, um dia comum, ensolarado ou chuvoso, pouco importa. Um dia calmo, sem os atropelos do dia-a-dia.Um dia sem data comemorativa ou compromisso será um dia em que não precisaremos comparecer nas agências bancárias, não será preciso pagar as contas, nem se preocupar com o saldo devedor. Não será preciso engolir com pressa o café da manhã, nem almoçar correndo. Podemos chamar os amigos para uma conversa fiada, em que todos os assuntos serão tratados, afinal não há um único tema, uma obrigação a relatar, um contexto a discutir. Poder-se-á falar de política, de futebol, da pátria, sem culpa, sem a paixão pelas derrotas e vitórias, coletivas ou pessoais, sem medo ou vergonha. Tudo isso porque não existirão referências, não precisaremos de parâmetros a nos indicar caminhos, exemplos, modelos a seguir. Num dia sem data pode-se incluir o que cada um quiser no menu da vida. Nas escolas os alunos poderão exercer seu livre poder de criação e não ficarão presos aos temas manjados de redação, poderão criar os desenhos mais incríveis e bonitos que desejarem, sem necessidade de se limitarem aos contornos rígidos de figuras prontas. Poderão cantar as mais diferentes e maravilhosas músicas que os seres humanos já criaram, e até imitar os animais se assim se sentirem bem. Não serão repreendidos por isso, porque não há regras a serem obedecidas no dia sem dia. Os restaurantes poderão inventar pratos exóticos, poderão mexer nos cardápios, poderão convidar os fregueses a conhecer suas cozinhas e pedir sugestões de pratos e receitas. A programação das estações de rádio e televisão ficará a critério de cada ouvinte ou telespectador, podendo-se mesmo desligar tudo e curtir o silêncio.Para este dia teremos a crônica pagã, a crônica sem tema, sem preocupações, sem moral. Neste dia escreverei a crônica válida para quaisquer circunstâncias, a crônica eterna.

quinta-feira, 14 de agosto de 2008

A LAGARTIXA DA BIBLIOTECA - Renato Muniz

Minha biblioteca anda parecida com um zoológico. Nos últimos tempos já passou por aqui um morcego, que gostava de ler, uma traça, que felizmente só comia roupas, e, agora, uma lagartixa doméstica.
Pequena, esbranquiçada, silenciosa, só fica me observando e nem abana o rabinho. Como sou muito maior do que ela, logo vi que o bichinho ficou muito assustado, temendo por sua integridade física, com medo que eu lhe desse uma vassourada. Eu não faria isso, jamais. No começo ficamos um tempo olhando um para o outro. No que ela estava pensando eu não sei. Logo me pus a imaginar quais seriam suas escolhas literárias: romances? Contos? Poesia? Literatura estrangeira ou nacional? Assuntos acadêmicos?
Minha primeira reação foi de alguém incomodado, invadido na sua privacidade, afinal eu não a convidei, ela entrou de atrevida. O que fazer para ela se retirar? Dizer que foi um prazer conhecê-la, agradecer a visita e abrir-lhe a porta da rua? Não adiantaria, mesmo com a maior gentileza. Conversar sobre literatura? Hoje em dia anda tão difícil encontrar um bom papo, alguém que goste de conversar desinteressadamente, sem pressa, com sabedoria e humildade suficiente para não constranger o interlocutor. Às vezes, me sinto desatualizado, percebo que os jornais e revistas são muito tendenciosos em todos os assuntos. Uma lagartixa, vinda sei lá de onde, poderia me trazer alguma informação nova, contribuir com alguma crítica interessante.
Estava pensando nessas coisas quando levei um susto danado: conversar com uma lagartixa? Será que a falta de um ambiente intelectual mais diversificado, a carência de idéias novas e a ausência de um cenário mais propício à criatividade já me conduziam ao delírio? Induziam-me ao desespero, a ponto de tentar um diálogo com uma lagartixa? Pelo menos, dizem que elas trazem prosperidade, significam boa sorte. Ando precisando.
Como ela não se movia, peguei um livro de zoologia na estante e fui investigar sua vida. Parece que seus antepassados vieram da África, nos navios negreiros. Apurei que elas são parentes distantes das tartarugas e dos jacarés, não transmitem doenças e não costumam freqüentar lugares contaminados. Bichinho simpático, não?
Não gosto de emprestar livros, mas se ela escolheu freqüentar minha biblioteca, que fique, desde que não estrague e não leve nada embora. Se quiser ler alguma coisa que seja aqui. Pode ligar a luminária, abrir a cortina, escolher onde se sentar, mas não pode sujar os livros. Acho que não é de seu feitio. Não vou recomendar que não coma aqui porque li sobre seus hábitos, ela se alimenta de insetos e assim pode até ajudar em alguma coisa. Logo penso em lhe oferecer morada fixa, sem precisar se preocupar com taxa de condomínio, água, luz e telefone. Pensando bem, acho que num jardim ela se sentiria melhor, mas a escolha é dela. Sei que ela não vai se demorar, que vai embora sem dizer adeus e vou ficar novamente só, com minhas idéias e elucubrações, esperando que um dia ela volte e nós dois possamos conversar um pouco mais sobre as novas tendências literárias, sobre os novos autores africanos, sobre os latino-americanos e sobre a última postagem do Bibliotecário de Babel.

sábado, 2 de agosto de 2008

FEIRA DE ARTESANATO e FORUM MUNICIPAL DE CULTURA - INGRATIDÃO E ANTIÉTICA

Incrível como as pessoas gostam de se aproveitar das idéias da gente e nem citarem nosso nome, ou sequer agradecer pela idéia aproveitada por eles.
Foi o que aconteceu com o FÓRUM MUNICIPAL DE CULTURA e com a FEIRA DE ARTESANATO.
O Fórum foi proposto por mim em Assembléia no Partido dos Trabalhadores em 2004, antes de ser incluso no Programa do atual Governo. Em 2005, até no segundo semestre, nem o Presidente de Fundação Cultural havia sido nomeado. E nada havia acontecido na cultura. Exatamente nada. Foi então que fui convidado a participar do tal Fórum, como mero expectador. O projeto foi modificado para pior. Nas reuniões setoriais propus a criação de uma Feira genuinamente de Artesanato, sem produtos manufaturados, com atividades artísticas e tudo o mais. A idéia foi aprovada. A primeira Feira aconteceu na Praça da Igreja Santa Terezinha. Vocês acham que fui convidado? Apareci lá só para que algumas pessoas da Fundação Cultural soubessem que fiquei sentido com a ingratidão e falta de ética de alguns deles. Bom, mas isso parece que não tem muita importância pra certas pessoas...

CADÊ A LEI DE INCENTIVO À CULTURA?

Mais quatro anos se passaram e nada de LEI DE INCENTIVO À CULTURA. Participei do Programa de Governo do atual Prefeito onde uma das prioridades que discutimos foi a efetivação dessa lei, juntamente com o FUNDO MUNICIPAL DE CULTURA que também não saiu do papel. Infelizmente Uberaba fica comendo poeira mais uma vez e os agentes culturais vivendo de restos, mendigando apoio aqui e ali. E ainda tem gente que acha ruim quando se compara Uberaba com Uberlândia... anos luz de distância!!!
E olha que o Anderson tinha a grande maioria dos vereadores a seu favor. Duro foi ler o informativo da Vereadora Marilda dizendo que um dos itens a ser conquistado no futuro é a tal lei. Ora, há 4 anos nos reunimos e priorizamos esse item. O que aconteceu Marilda?

segunda-feira, 28 de julho de 2008

Coro de Preces - Maria Dolores / Psic:Chico Xavier

A pobre homem que desanimara e se pusera, à beira do caminho, contando pedra, nuvem, charco, espinho, enrodilhado a pensamento vão, o Céu determinou que ouvisse a Natureza, e ele escutou, de alma surpreendida, Vozes a sussurrar, entre as forças da vida, Elevando-se a Deus em forma de oração.

Dizia a Luz, do Cimo Resplendente: - Pai da Eterna Bondade, sinto a luta abismal das vastidões soturnas, trago em mim o clamor dos que gemem nas furnas... do sereno esplendor da altura a que me elevas, envia-me Senhor, a dissipar as trevas!...

O vento anunciou, traspassando a ramagem: - Deus da Piedade Imensa, vejo ao longe, a aflição de enorme caravana, encharcada de pó na canícula insana... envia-me Senhor, a envolvê-la, de perto, desejo amenizar o calor do deserto.

A fonte murmurou, no ápice de um monte: - Pai de Infinito Amor, Dói-me fitar no solo aspereza e secura comunicando fogo à lavoura insegura... envia-me, Senhor, dos cárceres da serra, para descer ao vale e defender a terra...

A Pedra suplicou, de elevada montanha: - Pai de Misericórdia, observo, da rocha a que me agarro, Homens construindo, em vão, sobre leitos de barro... comove-me anotar tanto esforço infecundo, envia-me, Senhor, a cooperar o mundo!...

A Árvore pedia para seguir além, nos próprios frutos, de maneira a servir, dia por dia, tanto à fome dos bons, quanto a gana dos brutos...

Sentindo em si que toda a Natureza era um hino ao trabalho, entretecendo paz, alegria e agasalho, a consumir-se em preces de louvor, o pobre homem que desanimara sentiu sede de agir e transformar-se em centelha de amor... então, voltou á fé, alçando a fronte, e, contemplando os Céus, de horizonte a horizonte, gritou forte e feliz: envia-me, Senhor!...

terça-feira, 8 de julho de 2008

ANÁLISE DA ÁGUA DO BARREIRO

O último requerimento do semestre foi apresentado pelo vereador CarlosRoberto (PP), onde é encaminhado ao Prefeito Municipal pedido de providência para que seja feita análise da água do Barreiro. Para o vereador, essa análise deve ser feita visando detectar presença ou ausência de Bário, elemento mineral que traz problemas de saúde. Preocupado, Carlos Roberto pede ainda que a análise deve ser feita por empresa especializada, colhida em vários pontos de fonte radioativa, como a caixa d'água do Alto Paulista.

Fonte: Karine da Fonseca - Assessoria de Comunicação - Câmara Municipal de Araxá

REDUÇÃO DE PENA COM TRABALHO NO HORTO DE ARAXÁ

O requerimento apresentado pelo vereador Dr. Ayres Dumont (PP), encaminha pedido de providência à Secretaria Municipal de Desenvolvimento Rural para que seja estudada a possibilidade de mudança de local do hortomunicipal. A proposta é mudar o horto para que no local atual seja direcionado atividades que proporcionem alternativas e/ou redução de pena para presidiários que queiram trabalhar.

Fonte: Karine da Fonseca - Assessoria de Comunicação - Câmara Municipal de Araxá

PROTETOR SOLAR AOS SERVIDORES DE ARAXÁ

O vereador Eustáquio Pereira (DEM) encaminhou à Secretaria de Saúde de Araxá, pedido de providência visando o fornecimento de protetores solares aos trabalhadores municipais de áreas externas.
Em sua justificativa o vereador se baseia na preocupação com esses servidores que trabalham expostos ao sol o dia todo e muitas vezes não têm condições de comprar protetor solar, devido ao alto preço do produto. Para ele, o perigo da exposição ao sol sem proteção deve ser visto pela pasta responsável.

Fonte: Karine da Fonseca - Assessoria de Comunicação - Câmara Municipal de Araxá

domingo, 1 de junho de 2008

Carlos Perez na Semana Cultural da UNIPAC

Foi com grande honra que aceitei o convite da UNIPAC para participar como palestrante na Semana Cultural do Curso de Administração Pública, realizada no Plenário da CMU, com o tema: A Cidade no Século XXI. Com transmissão da TV Câmara, o debate contou com a participação de alunos e professores da UNIPAC além de pessoas da comunidade. Questões sobre meio ambiente, trânsito, planejamento urbano e rural, água, ar, transporte coletivo, saúde, patrimônio histórico e cultural, entre outros, foram levantados pelos debatores. Perguntas foram encaminhadas à mesa, após exposição dos convidados. O evento contou também com participação especial de Renato Muniz à mesa, destacando a importância do debate com diversidade de idéias, ressaltando a importância da utopia em nossas vidas, pois sem ela nos acomodaríamos com a realidade a que nos é imposta. Em minha fala não pude deixar de enfatizar a questão ambiental e a representação encaminhada ao MP contra a cana no perímetro urbano, além de questionar o modo de ocupação da zona rural e o descumprimento do Plano Diretor por parte do executivo. Pedi aos presentes que participem desse movimento ampliando o abaixo assinado de adesão à representação citada e não deixem que os vereadores aprovem o projeto de lei do prefeito que quer aumentar para 30% da área total do município o plantio de cana. Enfim, a questão ambiental foi apontada, por mim e Ivan Dela Roque, como sendo o grande desafio de Uberaba para este século XXI.

Anistia Internacional: Canaviais Desrespeitam Lei

Relatório diz que setor usa trabalho forçado e diplomatas temem que aumente reação da Europa contra etanol Jamil Chade Em seu relatório anual, publicado ontem na Europa, a Anistia Internacional acusou o setor canavieiro do Brasil de violar direitos humanos e usar trabalho forçado, principalmente de índios em extrema pobreza. O documento lista os locais do mundo onde os direitos humanos são menos respeitados. Diplomatas temem que o relatório ajude a inflar ainda mais as reações contra o etanol brasileiro - a União Européia (UE) não descarta criar exigências sociais para importar biocombustíveis. fonte:

Jornal Estado de São Paulo -29/05/2008

QUANDO EU ERA MENINA - Eliana R.C. Miranzi

Quando eu era menina, meu pai tinha uma fazenda. Lá pelos lados do Prata, região bonita, verde, cheia de vida, com suas serrinhas e belas propriedades rurais. Para ir até lá, passávamos por Campo Florido e a viagem era longa, no sentir de uma menina. Muita curva na estrada de terra, muita ponte de madeira, pastagens... O sentimento que tenho ao lembrar-me das idas para a fazenda é de algo muito, muito gostoso. Eu adorava chegar naquele lugar, com sua entrada bordejada de palmeiras (acho que eram guarirobas...), dando ao final da estradinha com a antiga e bela casa da sede, da qual guardo com carinho uma foto. Os jardins, o pomar, (que ninguém chamava de pomar, mas sim de quintal), cheio de frutas, a horta, antigos e queridos empregados, que nos mimavam e tinham uma lealdade incompreensível aos dias de hoje. O barulho do gado no curral, cavalos, o carro de bois, a labuta do cotidiano numa fazenda de antigamente... Enfim, saudades. Muitas saudades do lugar, das pessoas, dos cheiros, da natureza generosa e bela que nos cercava. O ciclo natural da vida se cumpria, e sempre se podia contar com “o tempo das goiabas, o tempo das mangas, a época da chuva, a estiagem”, etc. Havia um maior respeito pela natureza. Um, como que maior, temor. As pessoas se vão, os lugares trocam de donos, a vida passa, as coisas mudam. Mas por que pensar e falar nisso, assim, de uma hora para outra? Pelo sentimento que ando tendo ao sair da cidade e observar como estão nossos campos hoje. Nossa zona rural. As fazendas, onde estão? Tenho dificuldade em reconhecer os locais. Sinto-me perdida em estradas e caminhos que me eram tão familiares. Pois onde vou, só vejo cana. Nada mais que cana, cana, cana. As pastagens naturais, as roças, as capoeiras e varjões, as queridas árvores retorcidas do nosso cerrado, elas simplesmente desapareceram. Não consigo entender ou reconhecer mais a paisagem da região onde nasci e onde vivo. Fico literalmente perdida, confusa. Mudaram o lugar ou fui eu quem mudou? Não sei. Só sei que uma das coisas mais chocantes que ando constatando é que fizeram desaparecer também nossa maior riqueza natural, nosso berçário de vida aqui do cerrado, nossa preciosíssima jóia, insubstituível: as lindíssimas veredas de buritis, locais em que havia sempre olhos d’água, minas, nascentes. Justamente quando o mundo inteiro grita pela falta de água, tenta conscientizar as pessoas para que cuidem de suas águas, não desperdicem, aqui tratam de acabar ligeirinho com nossas nascentes. Veredas de buritis. Fontes de vida. Até Guimarães Rosa, nosso ilustre mineiro, as destacou mais de uma vez em seus livros. E alguém se põe a fazê-las desaparecer. Sumir do mapa. Morrer. Mas quem é ou quem são estas pessoas que, com seus enormes tratores, da noite para o dia, conseguem realizar crimes tão brutais? Sim, crimes, contra o meio ambiente, contra a vida de enorme e inestimável número de espécies de plantas e animais que só nas queridas veredas poderiam continuar existindo. Esta gente não pode ser filha daqui, não se cospe no chão de nossos antepassados. Esta gente não pode ter estudado, freqüentado boas escolas, ter tido uma formação moral decente. São bárbaros, invasores que chegam como chegavam os vândalos da idade média, a saquear, destruir e depois ir embora. Esta gente que sai por aí, destruindo tudo o que encontra, na certeza de que lucrarão com a cana virando álcool, para ser vendida aos gringos, só pensando nos lucros, esses criminosos terão, (além de uma enorme decepção quanto aos lucros), de carregar o pesado fardo da culpa, quando, daqui a bem pouco tempo puderem constatar a enormidade do crime que cometeram. E espero que tenham também algum remédio muito bom contra os pesadelos que os assombrarão noite após noite, sem descanso. Pois remédio para a natureza, este, eles, iletrados e idiotas que são, não conseguirão inventar.

Eliana Rodrigues da Cunha Miranzi é mãe, avó, professora e participante dos passeios “O tatu vai a pé”.

Vídeos sobre Dom Cappio e a Transposição do São Francisco. Lula arrogante "venceu" mas a Luta Continua!

Amigos e amigas, A transposição do Rio São Francisco, colocada na ordem do dia como a solução do problema da seca no Nordeste, além de preceder de maiores estudos acerca de sua viabilidade do ponto de vista ambiental em verdade não resolverá o problema do sertanejo com a falta da água. Do volume de águas a serem transpostas, apenas 4% serão destinadas ao consumo humano. O grosso visa atender o interesse exportador do agronegócio brasileiro e os caprichos messiânicos de um homem que um dia metarlúgico se converteu num dos mais odiosos dos políticos populistas brasileiros. Abaixo trago ao conhecimento de todos um artigo de V. Arcary e outro de C. Bejaminm sobre o tema. Interessantes e importantes leituras, sendo que ainda sugiro que assistam o vídeo abaixo com Letícia Sabatella em http://www.youtube.com/watch?v=1xPFlkPsU9Q&eurl=http://blogmolotov.blogspot.com/

Por fim, peço a todos que divulguem em seus jornais, blogs, etc a presente msg, ou, simplesmente a a repassem para o maior número de pessoas possível.
A vida de Cappio depende deste simples gesto. Adriano Espíndola

Charge do Toninho

Charge do Toninho

"AQUILO QUE NÃO PODES CONSERVAR NÃO TE PERTENCE"

Excelente frase divulgada na coluna FALANDO SÉRIO de Wellington Ramos do JM. Espero que muitos ruralistas e políticos a tenham lido.