sexta-feira, 26 de junho de 2009

VÔMITO E INANIÇÃO - Quebra de "decoro" ambiental da cúpula ruralista e o "decoro" verbal de Minc. O que dói mais?

No último dia de sessão da Câmara Municipal em 2008 a cúpula ruralista (aqui não incluo todos os ruralistas, pois existem aqueles que respeitam o meio ambiente) revogaram a lei do Plano Diretor (discutido democraticamente com toda a população) que proibia o cultivo de cana no perímetro urbano.
Prefeito, Presidente da Câmara (na época Lourival dos Santos), cúpula ruralista e o próprio Borjão, ignoraram despacho do Ministério Público que representavaação civil pública movida por centenas de uberabenses, pedindo um simples cumprimento da lei, e simplesmente mudaram a lei em benefício de um setor.
Muito bem organizados, esses ruralistas agiram na surdina, amparados pelo poder público. A população sequer ficou sabendo da tal votação que foi uma vergonha.Sequer os representantes legais da ação no Ministério Público foram informados.Tal atitude poderia ser considerada improbidade administrativa, podendo o Presidente ter sido cassado, inclusive. Imagino que tal cassação terminaria em “pizza” pra variar.
Saindo da esfera de gabinete, vemos aturdidos a natureza sendo destruída sem piedade.A população sendo obrigada a conviver com as queimadas que nenhuma secretaria fiscaliza. Denúncias em âmbito nacional, recaindo principalmente no setor sulcroalcoleiro, com trabalhadores rurais em condições análogas à escravidão. Nascentes, árvores, sedes de fazendas sendo enterradas. Animais morrendo queimados ou atropelados em rodovias. Reservas legais sendo averbadas fora das regiões exploradas. Reservas indígenas e quilombolas sendo ameaçadas pelo agronegócio.Terras de grileiros sendo legalizadas por essa cúpula vergonhosa.
Depois de destruírem o nordeste desde os tempos de Brasil Colônia agora querem acabar de destruir o que restou. Em nome de uma demanda alimentar? Pura mentira. Quantos absurdos ouvi no “Fórum de Legislação Ambiental” promovido pelo Sindicato Rural na ABCZ.
Ouvi o ministro Stephanes dizer horrores. O Deputado Marcos Montes defendendo averbações de reserva legal fora do nosso município.
O Deputado Paulo Piau criticando o Greenpeace e nós ambientalistas.Agora querem a cabeça do Carlos Minc? Que nome se pode dizer de todas essas atrocidades que relatei?
Será que as árvores caem sozinhas e as queimadas acontecem por autocombustão?Há uma mão assassina e covarde por traz de tudo isso.
Será que a revogação de leis que beneficiavam a população e o meio ambiente aconteceram anonimamente?
Que nome se pode dar a isso? "Vigarice", como disse o Ministro Carlos Minc?Particularmente não sei que nome dar. Sequer consigo sintetizar em uma palavra tamanha monstruosidade.
Se o vereador Borjão sentiu vontade de vomitar ao ouvir Carlos Minc,o que será que deveria eu e o companheiro Celso sentirmos, quando comentamos com ele sobre a necessidade de revermos a volta da proibição da canano perímetro urbano e este respondeu que por ele poderia se plantar cana até na Praça Rui Barbosa? Obviamente que não levamos a sério seu comentário. Ou será que deveríamos?
Nesse caso, vômito seria pouco.
Enfim, tudo isso tem servido para acabar com a hipocrisia de "sustentabilidade" apregoada por essa cúpula ruralista.
Nesse país, dizer a verdade é um grande pecado.
Depois de tudo o que a bancada ruralista tem feito para acabar com os benefícios ambientais garantidos na legislação, o que será que esses poderosos do agronegócio esperavam ouvir de um ambientalista?
Que eles são boa gente? Que estão corretos? Que são defensores do planeta?Ora, tenham paciência.
O Minc é humano e não tem a submissão e pureza dos animais e flores do campo, que são mortos aos bilhões e sequer podem defender-se.
Se nós ambientalistas fôssemos vomitar para cada absurdo que vemos e ouvimos, já teríamos morrido de inanição.
Infelizmente, temos "representantes" na Câmara Municipal e Federal, no Executivo Municipal e Federal, que estão a serviço de grupos econômicos e não do bem comum, custeados com o nosso dinheiro. Que nome se pode dar a isso?Vigarice? Acho pouco este termo, e até suave demais.
Na verdade estamos sendo roubados literalmente, democrática e legalmente. É imoral, mas é legal. Trouxas somos todos nós ambientalistas e cidadãos comuns. E eles sabem disso. E riem às nossas custas.
Até quando? Com certeza meus filhos, netos e bisnetos possivelmente continuarão sendo “trouxas” desses...
Uma coisa aprendi com a idade. O caos tem muitos estágios e estamos longe de chegarmos ao final.
O que restará? Talvez uma infinidade de trouxas, bancando uma minoria de espertos.E a natureza? Artificializa-se. Esse tipo de “Homem” não precisa de nada, além de seu próprio ego.
Deus? Há muito já foi esquecido em meio aos interesses mundanos.

quinta-feira, 4 de junho de 2009

"Carlos Minc" no lugar de Barbieri - JU - Bastidores

Depois da mobilização de representantes da área da cultura questionando a nomeação de um advogado na Fundação Cultural, agora é a vez dos ambientalistas fazerem um movimento pedindo um “Carlos Minc” no lugar de José Luiz Barbieri. E querem alguém daqui para defender o município - não um forasteiro...

Fonte: Jornal de Uberaba - Coluna Bastidores - Colaboração: Daniela Brito

"Diplomados" na Secretaria de Meio Ambiente - II

Não é o caso de ser agrónomo, pois ter sensibilidade e consciência ecológica independe da profissão. Já tá passando da hora para as pessoas entenderem que neste sistema solar só existe um planeta igual o nosso, por isso tem que ser preservado... Não se pode ficar em vão os ensinamentos de Paulo Freire e sua ecopedagogia, de Gandhi, da eco-92, entenderem que todos os outros seres compartilham conosco o planeta e a vida, que todos somos interdependentes, que são os seres vivos que mantém o planeta num ecomecanismo regido pelo criador de todas as coisas, entenderem que o espírito humano já perigrinou pelos outros reinos e outros aprendizados sublimes e divinos... Precisam parar com isto, de ficarem inventando regras nas administrações públicas para defenderem lucros. Igual ao secretário são muitos que vívem com idéias convencionais e deixam uma enorme pegada "ecológica" no mundo...

Ricardo Urias - Ong Geração Verde

Os "diplomados" na Secretaria de Meio Ambiente

Os "diplomados" de Uberaba colocaram tracajás, jacaré açú, galo da serra, macaco do sudeste no rio Uberaba ao escreverem o relatório da APA RIO UBERABA! Se brincar colocam até elefantes...Não faz muito tempo, não sabiam o que eram covoais, veredas, campos hidromórficos. Um certo cidadão secretário de meio ambiente na época nos perguntou se aqui era mata Atlântica, e olhe que o tal tinha faculdade de engenharia... Só atestam daquilo que ouviram falar. Para eles tudo está resumido em matas ciliáres, e você já viu codorna, siriema, emas, veados, raposas e outros da nossa fauna do cerrado vivendo dentro de matas ciliáres? Depois vem um cidadão bitolado em rótulos vomitar impropérios....

Ricardo Urias - ONG Geração Verde

"ENCOLHERAM OS DENTES DE VAMPIRO E O RABINHO DE CAPETA, MAS NÃO ENGANAM O POVO".

Em busca de sustentação política, Carlos Minc quer consolidar o apoio dos agricultores familiares às políticas desenvolvidas pelo MMA nestes últimos seis anos. Falando para quatro mil agricultores que participavam do Grito da Terra e marchavam na Esplanada dos Ministérios na última quarta-feira (27), o ministro afirmou que a lógica do agronegócio é a destruição do meio ambiente e acusou seus líderes de chantagear o governo: “Não podemos cair no canto da sereia. Eles encolheram os dentes de vampiro e o rabinho de capeta, mas não enganam o povo”.
A aliança do MMA com organizações representativas dos agricultores familiares, como a Contag, entre outras, já rendeu a elaboração conjunta de um documento que foi enviado a Lula e pede que o presidente impeça as tentativas em andamento de mudança na legislação ambiental. Segundo Minc, Lula teria concordado em receber, durante a Semana do Meio Ambiente, uma comissão formada por ambientalistas e agricultores familiares para discutir essa questão. A expectativa do ministro é que um aceno presidencial possa reverter a balança política que, até o momento, pende claramente para os ruralistas e os setores do governo que defendem o agronegócio.

MACHADINHA

O ministro do Meio Ambiente teria reclamado muito com Lula sobre a aliança entre os parlamentares ruralistas e setores do governo: “Disse ao presidente que vários ministros combinavam uma coisa aqui e depois iam ao Congresso, cada um com sua machadinha, patrocinar emendas que esquartejavam e desfiguravam a legislação ambiental. O presidente me disse que isso não é aceitável”, contou Minc.
A firmeza do compromisso supostamente assumido entre Lula e Minc poderá ser verificada em breve. A MP 452, já aprovada na Câmara, não foi apreciada pelo Senado até a data limite desta segunda-feira (01), o que significa que terá de ser reeditada pelo governo. A intensa disputa travada em torno da CPI da Petrobras durante toda a semana passada fez com que os senadores da bancada ruralista não conseguissem emplacar a discussão sobre a MP, e agora a expectativa é de que o Planalto se posicione claramente contra a emenda que flexibiliza o licenciamento de obras em rodovias: “Queriam um licenciamento aprovado por decurso de prazo. Ainda bem que o que caiu por decurso de prazo foi a MP 452”, comemorou a senadora Marina Silva (PT-AC).


Minc joga última cartada para defender leis ambientais

RIO DE JANEIRO - Enquanto o mundo comemora a Semana do Meio Ambiente, o governo brasileiro entra em uma fase decisiva para a definição dos rumos de sua política ambiental. Realizada de forma permanente no Congresso, a ofensiva parlamentar contra a atual legislação traz como última novidade a apresentação de um projeto de lei que acaba com os atuais Código Florestal, Lei de Crimes Ambientais e Política Nacional de Meio Ambiente e reúne tudo em um único conjunto de normas, que se chamaria Código Ambiental.
ENFRAQUECIMENTO DO IBAMA
De autoria do deputado Valdir Colatto (PMDB-SC), o projeto busca consolidar alguns avanços sobre as leis ambientais conquistados recentemente pelos ruralistas, como as Medidas Provisórias 452 (que acaba com a obrigatoriedade de concessão de licença ambiental para obras realizadas em rodovias federais já existentes) e 458 (que facilita a legalização de terras griladas na Amazônia). O texto de Colatto também prevê que a prerrogativa de fiscalizar o cumprimento das normas e resoluções do Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama) em projetos com impacto ambiental seja retirada do Ibama e transferida aos estados e municípios, o que enfraqueceria o órgão federal.
SEM LICENÇA AMBIENTAL?
Segundo o próprio Minc relatou à imprensa após o encontro com Lula, a bronca com Mangabeira se explica porque este último teria enviado ao Congresso, sem o conhecimento do Ministério do Meio Ambiente (MMA), uma proposta de alteração das regras para o licenciamento ambiental no país. No caso de Stephanes, Minc reclamou do empenho do colega em apoiar projetos que buscam desfigurar o Código Florestal.
A disputa com Alfredo Nascimento se dá em torno da MP 452, pois sua aprovação interessa ao ministro dos Transportes. Nascimento é candidato ao governo do Amazonas em 2010 e tem como bandeira a conclusão das obras da BR-139 (Manaus-Porto Velho), que corta o coração da Amazônia: “O ministro Nascimento está com pressa e quer primeiro fazer a obra e só depois cumprir as exigências ambientais. Eu disse ao presidente Lula que estou moralmente impedido de concordar com isso. Seria a morte em vida”, disse Minc.(...)

Charge do Toninho

Charge do Toninho

"AQUILO QUE NÃO PODES CONSERVAR NÃO TE PERTENCE"

Excelente frase divulgada na coluna FALANDO SÉRIO de Wellington Ramos do JM. Espero que muitos ruralistas e políticos a tenham lido.