terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Vítima de queimada no interior de SP, tamanduá-mirim pode ficar cego - G1


(Foto: Aguinaldo Marinho de Godoy/Apass)
Animal foi encontrado à beira de estrada pela polícia ambiental.
Partes mais atingidas foram as patas e a cabeça.

Um tamanduá-mirim foi a mais nova vítima das queimadas irregulares na região de Assis, a 434 km de São Paulo. O animal foi encontrado pela Polícia Ambiental na beira de uma estrada bastante debilitado.

O pequeno tamanduá-mirim estava desidratado e foi levado às pressas para uma clínica veterinária, onde recebeu os primeiros socorros. Cerca de 40% do corpo foi queimado. As partes mais atingidas foram as patas e a cabeça. Tudo indica que o animal dificilmente voltará a enxergar. Mas o maior desafio é mantê-lo vivo.
O representante da Associação Protetora dos Animais Silvestres de Assis, Agnaldo Marinho de Godoi, acompanhou o drama do tamanduá-mirim. E, apesar da situação em que o bicho se encontra, tem esperança de levá-lo para o novo lar e assim, garantir a sobrevivência da espécie.
Casos como este se tornaram comuns na região de Assis. No último ano, seis onças pardas, espécie também ameaçada de extinção, foram encontradas mortas. A maioria foi atropelada nas rodovias ao fugir das queimadas nas plantações de cana-de-açúcar.
Em junho, dois filhotes de onça parda morreram vítimas da queimada em um canavial. Um deles chegou a ser levado para a clínica veterinária ainda vivo, mas não resistiu aos ferimentos e morreu três dias depois. Em novembro do ano passado, em Paraguaçu Paulista, uma jaguatirica e um tamanduá-mirim foram soltos ma mata depois de receberem tratamento.
As queimadas, tanto na zona rural, quanto na zona urbana, são crimes ambientais. Pôr fogo na cana-de-açúcar só é permitido com licença da Cetesb e durante a noite.

Fonte:

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Justiça move ação contra vereador Jorge Ferreira

Leia matéria do Jornal de Uberaba:

O juiz da 5ª vara Cível, Timoteo Yagura, marcou audiência de instrução e julgamento da Ação Cível contra o vereador Jorge Ferreira (PMN) por ato de improbidade administrativa. A ação foi ajuizada pelo promotor José Carlos Fernandes, após inquérito civil que apurou denúncias de que o vereador estaria exigindo a devolução de salário dos assessores parlamentares.

A audiência está marcada para as 13h30 do dia 25 de março. As notificações ainda serão expedidas para o réus e as testemunhas de defesa e acusação. O juiz também rejeitou as alegações feitas pela defesa, através do advogado Gilberto Ribeiro Ferreira Júnior, sobre a falta de legitimidade do Ministério Público.

De acordo com os autos, o vereador pediu para que o processo fosse julgado improcedente sem o julgamento do mérito ou totalmente improcedente, uma vez que houve a absolvição na Câmara Municipal de Uberaba. Também requereu a absolvição por não existir prova suficiente para a condenação e ainda aborda a falta de legitimidade do Ministério Público em propor a Ação Cível.

No entanto, a manifestação do promotor rebateu todas as colocações apontadas pela defesa do réu. José Carlos ressaltou que o julgamento na CMU possuiu natureza “política” frisando ainda que o Legislativo não tem atribuição de determinar a ocorrência de ato de improbidade administrativa. Esta competência, segundo ele, cabe ao Poder Judiciário. Sobre o julgamento improcedente, o parecer ministerial reafirmou que a denúncia demonstra, “com riqueza de detalhes”, os atos de improbidade administrativa cometidos pelo réu. Todos os argumentos foram acatados pelo juiz. (DB)

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

PMU CONTINUA PODA QUÍMICA APESAR DE PROIBIÇÃO DA ANVISA - JM

A chamada capina química, que faz uso de herbicidas para eliminar mato e ervas daninhas de ruas, calçadas e canteiros urbanos, foi proibida pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). No entanto, o secretário municipal de Infraestrutura, José Eduardo Rodrigues da Cunha, confirmou ontem que o procedimento continuará a ser realizado em Uberaba.

Embora a determinação da Anvisa apontasse que o uso do agrotóxico põe em risco a saúde da população devido à “falta de regras restritas para manipulação, aplicação e acesso posterior às áreas tratadas”, Zé da Égua afirmou que o documento tem pontos falhos e deixa em dúvida o real motivo da proibição. “Por enquanto, tenho a liberação das secretarias da Agricultura e do Meio Ambiente”, afirmou.

Segundo ele, um ofício já foi enviado ao secretário José Luís Barbieri, do Meio Ambiente, para pedir determinações claras relacionadas à utilização do herbicida, no caso de Uberaba, o Glifosato não-agrícola. “Estamos meio no ar com a publicação e só teremos a definição quando recebermos a resposta ao ofício”, diz. “Até lá a poda química continua normalmente”, completa o secretário.

Dados da organização Mundial de Saúde (OMS) dão conta que o Glifosato, se inalado ou ingerido causa intoxicações graves que podem ter seus efeitos minimizados se tratadas imediatamente. Sua ação é cumulativa no organismo e o grau de intoxicação depende do tempo de contato.

Fonte: Jornal da Manhã
 
Comentário VOZ DO CERRADO
Desde quando foi iniciada a poda química em Uberaba nos posicionamos contrários. Mas como é de praxe, o governo municipal não nos ouve. Até mesmo em períodos de chuva a poda é realizada, levando para os nossos rios veneno "in natura", sem falar nos riscos da própria população, dos animais e até dos agentes que aplicam o veneno. O interessante é notar a quantidade de plantas que nascem sobre as calçadas e que só mesmo com a enxada para retirá-las. Ou seja, de que adiantou a tal "poda química"? Sinceramente não sei a quem interessa isso. Agora é a ANVISA que faz a denúncia e a OMS. Vai precisar do aval de quem mais? Ô terrinha difícil essa Uberaba. Coisas tão simples se tornam complexas. Imagine então as complexas... SOCORRO MINISTÉRIO PÚBLICO do Meio Ambiente e da Saúde.

Clique no link e leia artigo de março de 2009, postado em nosso blog, sobre o assunto:
http://vozdocerradocarlosperez.blogspot.com/2009/03/poda-quimica-fora-de-controle.html

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

O ECOCÍDIO E OS POLÍTICOS DO APOCALIPSE

As mudanças no Código Florestal Brasileiro, a transposição do Rio São Francisco, a Usina de Belo Monte, a invasão do agronegócio da cana-de-açúcar, as audiências públicas forjadas, as enchentes nas cidades e o desmoronamento de encostas ceifando vidas, a nova epidemia da dengue, as queimadas e o desmatamento ilegal, a mão-de-obra escrava e o analfabetismo do trabalhador rural, enfim, tantos e tantos outros absurdos que dariam uma lista quilométrica, o que será que têm em comum?

A resposta é simples. Vivemos na verdade uma grande farsa. Nosso regime está longe de ser democrático. O poder econômico e seus representantes nos poderes executivo, legislativo e judiciário, dita o "modus operanti" de nossa sociedade e pronto. De cima pra baixo nos fazem engolir o que querem. Se a lei está a favor dos interesses do capital, melhor ainda. Se não está, muda-se a lei, oras, embora não seja necessário, pois esses "fora da lei" "legislam" e "executam" em causa própria. Nada que uma reunião secreta não acerte todos os detalhes e as benesses que ambos, empresas e políticos, sairão lucrando. Uma NEO-COLONIZAÇÃO. Uma nova CAPITANIA HEREDITÁRIA.
Convocam-se audiências, discutem-se Plano Diretor, Lei Orgânica, Código Florestal... Pura perda de tempo. Pura encenação. Os movimentos sociais organizados até tentam alertar as pessoas, mas são atropelados e calados pela ditadura legalizada dos poderes institucionalizados.
Para quê comitês de bacia, conselhos municipais, estaduais, federais se não são ouvidos? A inconstitucionalidade das ações governamentais, amparadas pela ganância das grandes empreiteiras e empreendimentos está acima da justiça e do bem comum. Simples assim. O que o "Rei" quer "Ele" faz. Danem-se os estudos técnicos e os fóruns populares. Danem-se os povos indígenas, o Frei Dom Cappio, as ONGs ambientais.

Infelizmente grande parte da sociedade ainda necessita de falsos ídolos e crenças, defendendo interesses do seu patrão e de quem o oprime, ao invés de acordar para a realidade da sua condição de ser humano livre e pleno de direitos.
Felizmente a natureza não aceita subornos e medidas paliativas e pragmáticas.

A consequência está aí, nos noticiários diários. Mas sempre arrumam novas desculpas e tiram o deles da reta. Se dizem “representantes do povo” e dos “pequenos produtores rurais”. Quanta presunção. Arrendam propriedades seculares, passadas de pai para filho por várias gerações e enterram suas sedes e toda sua história da noite pro dia, junto com animais e plantas, em valas secretas que todos sabem, mas ficam impunes. Até quando?
Bom, a história é longa e disse que escreveria só algumas linhas. Finalizo sem esperança. A grande maioria ainda continuará votando nesses POLÍTICOS DO APOCALIPSE que encobrem esse terrível ECOCÍDIO em nome do desenvolvimento. Por isso, peço que pensem muito em quem votar nessas eleições. Na dúvida, anulem o voto, é muito mais digno do que manter o "menos pior" no poder. Esses "menos piores" estão aí, contrariando os interesses do bem comum e do meio ambiente com o dinheiro dos nossos impostos. É O TOTALITARISMO e o NEOFASCISMO com cara de "gente boa" e "sorridente". Não seja cúmplice dessa destruição nefasta. VOTE CONTRA OS CANDIDATOS DESSE IMPÉRIO DO MAL.

Charge do Toninho

Charge do Toninho

"AQUILO QUE NÃO PODES CONSERVAR NÃO TE PERTENCE"

Excelente frase divulgada na coluna FALANDO SÉRIO de Wellington Ramos do JM. Espero que muitos ruralistas e políticos a tenham lido.