(...)José Nunes da Silva passou 12 anos cortando cana, até que ficou tão esgotado que não podia mais trabalhar. Atualmente ele enterra os mortos em Araçoiaba. O caminho deles pela cana termina aos seus pés.
Há belos túmulos neste cemitério, túmulos com cruzes, onde jazem capangas e feitores. Mas os corpos dos cortadores de cana geralmente ficam enterrados por apenas dois anos. Depois disso, ele remove os restos mortais dos homens do etanol e os leva para os fundos do cemitério, ao lado da lixeira, onde são queimados.
Há belos túmulos neste cemitério, túmulos com cruzes, onde jazem capangas e feitores. Mas os corpos dos cortadores de cana geralmente ficam enterrados por apenas dois anos. Depois disso, ele remove os restos mortais dos homens do etanol e os leva para os fundos do cemitério, ao lado da lixeira, onde são queimados.
Ossos se projetam das sombras e cães vadios perambulam o local.O coveiro geralmente despeja um mistura de petróleo nos restos mortais dos cortadores e coloca fogo. "Ninguém sente o cheiro por causa da queima das plantações", ele diz.Os corpos são queimados para evitar o pagamento da taxa anual R$ 15 para cada túmulo - um valor alto demais para a viúva de um cortador de cana.(...)
José Eustachio Vargas
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