Decisão, que só vale para região de Araraquara, obriga usinas a pagar mais pelo corte da cana crua ou usar colheitadeiras.
Usineiros, com apoio da Unica, tentam derrubar decisão de juiz federal, que citou Estado e Cetesb como os réus da ação.
Roberto Madureira (da Folha Ribeirão)
A decisão em primeira instância da Justiça Federal de proibir a queima da palha da cana em 19 cidades da microrregião de Araraquara pode atrasar o início da safra em seis usinas de açúcar e álcool.
Isso porque, sem queimadas, os usineiros só têm duas opções: ou ampliam a colheita mecanizada ou gastam mais com os salários dos bóia-frias, já que a tonelada de cana crua é mais cara que a cana queimada.
"Um trabalhador que corta 12 toneladas de cana queimada, corta 5 [toneladas] da cana crua", explicou o sindicalista Miguel dos Santos Filho.
Os empresários, que tentam por meio da Unica (União da Indústria da Cana-de-Açúcar) e individualmente derrubar a medida, confirmam mudança de cronograma da safra, mas evitam comentar a decisão ou falar sobre os prejuízos.
Segundo João Pinto, assessor das usinas Maringá, Zanin e Santa Cruz, há, de fato, alterações no cronograma das usinas. Ele, no entanto, não considera a decisão o único motivo. "Há também a questão do clima. O fato é que a decisão do juiz tem de ser respeitada."(...)
Fonte: Folha de São Paulo
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