Quando um rio não cabe em suas margens,
transborda, cria novos caminhos...
Invade várzeas, destrói o equilíbrio,
mas volta sempre ao seu leito,
porque nem sempre há cheias.
Você está sendo esse rio
que inundou toda a minha vida.
Um dia sei que correrás de novo
em sua caixa, sem derrubar nenhum arbusto.
Serás apenas pleno – água incontida na imensidão de ser.
Assim criarás cachoeiras,
penínsulas, rebojos e ilhas.
Nada o reterá, pois és líquido e livre para vencer todos os obstáculos.
Finalmente encontrarás o mar,
então serás tão forte e humano,
que olharás para trás e verás todo o caminho percorrido:
da nascente ao mar!
da nascente ao mar!
Certamente dirás: Esta é minha vida, confesso que a vivi!
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