quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Aécio Neves defende fim das coligações - JM

Durante as discussões envolvendo a convocação do substituto de Antônio dos Reis Gonçalves, o Lerin (PSB), na Câmara de Uberaba – que por força de liminar da Justiça deu posse ao suplente do partido –, o presidente do PR local, Antônio Sebastião de Oliveira, o Toninho, previu que em se mantendo esse entendimento, as coligações partidárias não teriam mais sentido.

Ainda ontem, o senador Aécio Neves (PSDB) – que integra a Comissão da Reforma Política, instalada no Senado – defendeu o fim das associações entre as legendas, para corrigir o que chamou de algumas distorções do modelo político brasileiro.

A justificativa é evitar o surgimento de “milhares de Tiriricas”, em referência direta ao humorista e deputado federal Francisco Everardo Oliveira Filho (PR-SP), eleito com mais de 1,3 milhão de votos e que “puxou” outros três candidatos, bem menos votados. Segundo o mineiro, o republicano foi escolhido legitimamente, mas o fim das coligações visa a evitar a posse de postulantes aos cargos legislativos que não tiveram a votação necessária para se sentar no parlamento. “Em todas as eleições, temos, com maior ou menor impacto, aqueles chamados puxadores, que poderiam se eleger, mas sem trazer consigo um conjunto de eleitos por outros partidos”, disse Aécio.

O fim dessas associações significa uma mudança radical na escolha dos deputados, sejam federais ou estaduais, e também dos vereadores. Atualmente os ocupantes desses cargos são escolhidos pelo sistema proporcional, baseado no coeficiente eleitoral, em que as vagas são distribuídas conforme o total de votos recebidos pelas legendas ou coligações. Sendo assim, o partido tem direito a um número de eleitos e, por isso, nem sempre quem conquista uma cadeira de parlamentar é o que foi mais votado.

A proposta que está sendo discutida e que foi apelidada de “Lei Tiririca” substituiu o sistema proporcional pelo majoritário simples, ou seja, os candidatos mais votados é que ficarão com as cadeiras, assim como nos pleitos para a escolha do presidente da República, governadores e prefeitos, além dos senadores.

O vice-presidente Michel Temer (PMDB) também é defensor do voto majoritário simples. Para ele, os partidos não vão mais buscar nomes que possam trazer muitos votos, nem vão procurar um grande número de candidatos para fazer 2,3 mil votos ou menos, só para engordar o coeficiente eleitoral.


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Charge do Toninho

Charge do Toninho

"AQUILO QUE NÃO PODES CONSERVAR NÃO TE PERTENCE"

Excelente frase divulgada na coluna FALANDO SÉRIO de Wellington Ramos do JM. Espero que muitos ruralistas e políticos a tenham lido.