domingo, 17 de outubro de 2010

Plenária do PV opta pela neutralidade

Assisti parte da Plenária Nacional do PV, transmitida pela TV PV, que contou com aproximadamente 40 mil espectadores internautas.

Como era de se esperar, o PV declarou-se neutro nestas eleições.

Marina Silva, candidata do PV com aproximadamente 20 milhões de votos, disse acreditar que um “embrião de terceira via possa prosperar”, citando Edgar Morin: “no começo a mudança é apenas um desvio para depois poder prosperar”, e continuou: “a escolha não é algo que pode ser dado, mas também que pode ser construído”, criticando sobre a tentativa de se ter apenas duas opções no processo eleitoral.

Falou da necessidade de se “quebrar a visão patrimonialista da política”. (...) “O voto é soberano e livre” e espera que possa se dar através de “um convencimento maduro da sociedade”.

Sobre Serra e Dilma:
“Estamos contribuindo muito olhando para as duas candidaturas, não como aqueles que nos tiraram do segundo turno, mas como aqueles que podem contribuir”.

Alfredo Sirkis, falando em nome da Executiva do partido, disse que o PV “ tem uma posição de independência” e que “Marina não declarará seu voto pessoal como eleitora, nem eu (Sirkis)”.

Sobre a aparição de membros do diretório do partido em palanques dos candidatos, salientou que todos “têm toda liberdade de aparecer como cidadão, como eleitor, mas não oficialmente pelo Partido Verde”.

Sobre os rumos do processo eleitoral destacou que “no PV, anteriormente à filiação da Marina, o partido já havia planejado essa plenária, e que mesmo com a decisão majoritária do partido apontando para esse ou naquele caminho, a minoria estaria livre para se posicionar, enquanto cidadãos”.

Voto distrital.
Defendeu o “voto distrital misto” como possibilidade para se “criar uma opção ideológica programática”.

Apoio à vistaUm jornalista perguntou à Marina Silva se ela poderia ainda vir a defender esse ou aquele candidato, caso aconteça uma hecatombe durante a campanha. Marina respondeu: “As circunstâncias surgem. Graças a Deus aprendi a tomar atitudes diante das circunstâncias”.

Comentou que “quando estava no PT e o candidato a prefeito me convidava”, acreditando “que ambientalismo não tirava voto, eu ia”.

Regressão culturalSirkis criticou o tom na campanha eleitoral, considerando a “propaganda muito agressiva de parte a parte”, o que acaba “criando uma regressão cultural, como no caso do aborto. Embora na paixão do segundo turno é difícil manter um certo equilíbrio”.

Apelo à militância e simpatizantes do PVMarina comentou sobre a neutralidade do PV, aconselhando á militância “não a ataques pessoais”.

Convite ao Debate da Folha/Rede TV
Apelou “para um debate maduro”, citando o debate da Folha e Rede TV, “hoje à noite”.

Votos da Plenária do PV
92 pessoas tiveram direito a voto, sendo 88 a favor da neutralidade e 4 contra.

PT chegou a pedir seu mandato.
A imprensa perguntou sobre o mandato de senadora que se encerra ao final do ano, e Marina comentou: “quando sai do PT entenderam que deveria perder meu mandato. Mas depois essa idéia foi desconstruída, pois saí por questões programáticas. Para mim uma perda é não ter Heloísa Helena como senadora” e criticou o modo como a amiga foi tratada durante essa campanha.

Sensibilização ambiental.
Com “a votação de quase 20 milhões, esperamos sensibilizar o congresso nas questões ambientais”.

Sobre reeleição.
Perguntaram se ela era favorável ao fim da reeleição e o mandato de 5 anos para presidente?
Marina: “Sou contrária à reeleição”. Citando o Suplicy-PT, que em 97 foi contra também. “Na América latina a reeleição tem sido ruim, pois as pessoas fazem o que é necessário para se reelegerem e não o que é realmente preciso para o país”.

Finalizando
“É melhor aprender com os erros dos outros, mas com sabedoria podemos aprender com nossos próprios erros”. (Marina Silva)

Abraços a todos.
Cacá Perez
Voz do Cerrado


 

2 comentários:

Jorge Bichuetti - Utopia Ativa disse...

Querido Cacá, amigos da Voz do Cerrado: sou sonhador que caminho entre a magia da esperança e a poesia da solidariedade, que são minhas utopias ativas... Assim, recebi com tristeza a decisão do PV. Olhe, que sou um crítico do burocratismo cristalizado do PT, choro com sua desistência de ser um partido socialista, de classe e de massas, militante:utópico.
Lamento epla questão ecológica que se veria obrigada a ir para o centro do debate e pela minha crença que numa caminhada, talvez, longa, iremos consiguir arquitetar uma coli-irmandade de esquerda.
Não creio no governo PSDB-DEM...
Mesmo com suas inúmeras idiossicracias o PT tem feito mais para o povo e a para o mundo...
Sigamos... penso que seria muito rico lr e debater o texto do LÖwy e do Boff sobre o ecossocialismo.
Abraços com ternura e carinho e o meu mais profundo respeito. jorge bichuetti

Anônimo disse...

Passei aqui somente para PUXAR A ORELHA DO PARTIDO VERDE DE MINAS GERAIS nós 20 milhoes de Brasileiros acreditamos NÃO FOI NO PARTIDO VERDE e sim na pessoa MARINA SILVA .Meu voto é da Marina Silva meu voto é por um País mais justo social e ambiental meu voto é pelo crescimento sustentavel Paris com quase 10 milhoes de habitantes esta implantando a AGENDA 21 Crescimento com sustentabilidade e aqui Cidades como Uberaba com 300 mil habitantes nao tem esta competencia . O que falta é perceber que meio ambiente tambem da VOTOS ! Parabens a MARINA SILVA pela NEUTRALIDADE nao posso admitir que votando em Serra estaria ajudando o partido Democratas no qual a sua grande maioria é RURALISTAS sem PATRIA . Não posso admitir que votando em Dilma estaria ajudando um bando de ladroes e mercenarios da Patria . VAMOS CARREGAR A MARINA SILVA LIMPA PARA AS ELEIÇOES DE 2014 .Que seja Serra ou Dilma estaremos perdendo mais 4 anos de nossas vidas.....
Celso PROVENZANO

Charge do Toninho

Charge do Toninho

"AQUILO QUE NÃO PODES CONSERVAR NÃO TE PERTENCE"

Excelente frase divulgada na coluna FALANDO SÉRIO de Wellington Ramos do JM. Espero que muitos ruralistas e políticos a tenham lido.