Jardim Espírito Santo continua enfrentando problema com lixão - JM onlline

por Gisele Barcelos-Jornal da Manhã

Um mês após reunião na Promotoria de Meio Ambiente, lixo ainda é problema no Jardim Espírito Santo. A Prefeitura cumpriu a parte do acordo referente à implantação de mureta de terra e cerca para fechar a área, mas falta a Guarda Municipal coibir o despejo de resíduos. Em visita ao local, a reportagem do Jornal da Manhã encontrou restos de construção, sofá e vários objetos plásticos jogados na área já cercada pela PMU.
A diretora do Departamento de Coleta de Resíduos Sólidos, Angelina Martins Botta, afirma que a população do bairro precisa ter mais consciência e colaborar com a limpeza do local. Segundo ela, a Prefeitura retirou todo o lixo antes de cercar e construir a mureta de terra, mas no dia seguinte já havia material despejado na área. Angelina pede aos moradores que denunciem a situação no Fala Cidadão (3318-0800) ou mesmo ao setor de Posturas, para a fiscalização.

Quanto ao acionamento da GM, a diretora informa que o Ministério Público enviou notificação à Secretaria Municipal de Trânsito, logo após a reunião do dia 4 de maio. Pedido também foi encaminhado por parte da Secretaria Municipal de Infraestrutura, solicitando rondas, a partir das 20h, no entorno do lixão. “O nosso setor só pode conversar. De imediato, quem tem poder de atuar é o Departamento de Posturas e a Guarda Municipal”, salienta.

O diretor da GM, Júlio César Aguiar, disse ainda não ter conhecimento da situação nem ter recebido o ofício. De acordo com ele, assim que houver o comunicado, haverá o atendimento com patrulhas no bairro.

Fonte:http://jmonline.com.br/novo/?noticias,2,CIDADE,28756

Análise: Carta enviada ao ambientalista Israel Garcez e José Aparecido, presidente de bairro do Jd. Espírito Santo.

Prezados Israel e José Aparecido.

Estou surpreso ao saber que "providências" foram tomadas e nós sequer fomos procurados para discutirmos as ações ou noticiados pela Secretaria do Meio Ambiente ou outro orgão da Prefeitura, já que a iniciativa partiu da sociedade civil, especificamente da atuação de vocês dois frente à essa questão, lembrando que o advogado Marco Antonio de Figueiredo e eu, participamos também da reunião com o Promotor Carlos Valera e representante da PMU.

Após nossa audiência com a Promotoria estive na SEMAM conversando com o José Sidney e solicitei a ele uma reunião com o Conselho da APA do Rio Uberaba, repassando a ele meu endereço eletrônico. No entanto, ele ainda não fez contato.

Conversei com o Paulo Omar, engenheiro químico e com outras pessoas e membros de ONGs ambientalistas, buscando soluções e opções.

A solução do lixão desativado no Jardim Espírito Santo requer muito mais do que barreiras de contenção e cercas com arame farpado.

Essas medidas são uma primeira etapa de muitas outras que devem se seguir.

Há o problema do chorume, que corre para o Rio Uberaba e lençol freático; o problema do gas metano que já provoca combustão espontânea, além dos problemas de fiscalização do local para que novos descartes não sejam realizados.

Há quem defenda, inclusive, que o lixão seja retirado de lá, o que causaria muita polêmica e discussão.

Enviei solicitação ao Ministério Público para que um prazo maior seja dado para que possamos apresentar nossas propostas, já que estamos fazendo trabalho voluntário e contamos exclusivamente com a boa vontade de nossos colaboradores.

No dia 16 haverá reunião com a coordenação do Ministério Público Estadual, em Uberlândia, e estaremos relatando esta situação, dentre outras pertinentes de nossa cidade, como a Pedreira de Léa, a revogação das Leis que protegiam o perímetro urbano em relação ao plantio da cana-de-açúcar entre outros assuntos.

Na ocasião estaremos discutindo esse assunto com especialistas que estarão presentes à reunião, e esperamos trazer boas notícias.

Cordiais abraços.

Carlos Perez (Cacá)

Presidente do TEU
e p/ Voz do Cerrado